sábado, 12 de março de 2011

Amigos, Saudade que não passa...


Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade.
Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Louco que senta e espera a chegada da lua cheia.
Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta.
Não quero só ombro ou o colo, quero também ser sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Pena, não tenho nem de mim mesmo, e risada, só ofereço ao acaso.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos, nem chatos.
Quero-os metade infância e a outra metade velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril.

(Oscar Wilde)


Saudade de todos os meus amigos.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

João simplesmente João


Feliz muito Feliz....

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Alegria...


Ouvir os passáros cantarem e obter uma abstração sei que realmente estou vivo, proporcionando inúmeras formas de obtenção do que quero. É duro ficar longe daquilo que achamos nos acostumar pior ainda é entender o cotidiano de outro lugar, fico pensando, ainda bem que consigo fazer tudo que quero é importante saber disso e me fortalecer para às batalhas que estão por vir, não quero mais me lamentar, muito menos pestanejar, sim viver! Me abster das negatividades que não me permitem caminhar, agora me levanto e ando sem medo.



Centrar o pensamento

focalizar na realização

esquecer do sofrimento

parar com a reprovação

sei o que fazer não se pode

se deixar levar.

O tempo passa rápido

se não tiver controle

tudo fica estagnado,

parado sem condições

de prosseguir ao encontro

de sua meta original.


" Bau"



"É dentro de você que o ano novo cochila e espera desde sempre."


(Drummond)

Recebi este bilhete da Paola hoje pela manhã, e assim vamos vivendo.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

QUE ELEIÇÃO MAIS NOJENTA...

HOJE DEPOIS DE CONVERSAR COM A SENHORA QUE FAZ FAXINA EM CASA FIQUEI ESTARRECIDO E PERCEBI O TAMANHO DA FORÇA DA MÍDIA EM RELAÇÃO A POPULAÇÃO, É PREOCUPANTE MUITOS NÃO TEREM PENSAMENTOS PRÓPRIOS SEM OPINIÃO FORMADA DE NADA ENFIM "ZUMBIS".
OBS: NÃO ESTOU FAZENDO CAMPANHA POLÍTICA E NEM VOU VOTAR EM NINGUÉM, COMO DIZ OS CANDIDATOS "GRAÇAS A DEUS". ESTÃO BRINCANDO COM A GENTE E ESTA DURO DE ENTENDER. ENFIM LEIAM ESTA MATÉRIA DE MINO CARTA E TIREM SUAS CONCLUSÕES.
AH O QUE A SENHORA DISSE PARA MIM FOI QUE DILMA RUSSEF E SEUS GRANDES MARQUETEIROS APOIAM E SÃO FAVORÁVEIS PASMEM A "PEDOFILIA", ISSO É MUITO DOIDO E NEM ESTOU MORANDO EM SÃO PAULO.

O tempo, como invenção do homem

Tucanos e mídia acham que vivemos entre 1950 e 60. Na imagem, agora Serradeu para se apresentar como derradeiro apóstolo de Cristo. Por Mino Carta.

Questão levantada por Dilma Rousseff no debate de domingo 10 na Band merece reflexão. Observou a candidata que a campanha eleitoral tucana estimulou um sentimento insólito no Brasil, o ódio. Há brasileiros e brasileiros. Os privilegiados e seus reservas, e os desvalidos em estágios diversos. As diferenças sociais são ainda profundas, a despeito de alguns avanços realizados à sombra de Lula.

A maioria brasileira não é capaz de ódio, mas sua característica mais pronunciada é a resignação. Já o ódio tem ibope elevado na minoria, aquele resistentemente alimentado em relação à maioria. O sulista feliz da vida enquanto mantém sua primazia e o remediado confiante em um futuro favorável à moda dos atuais privilegiados odeiam o nortista pobre. Incluam-se os miseráveis em qualquer latitude.

A frequentação da internet nestes dias ilumina a respeito, embora cause devastação na zona miasmática situada entre o fígado e a alma dos cidadãos conscientes e responsáveis. Colidimos com ferozes manifestações de ódio, insufladas pela mídia nativa, movida ela própria, ela antes dos seus leitores, ouvintes, espectadores, a puro ódio. Em outros tempos, chamava-se ódio de classe. Mas hoje os tempos são outros.

Há inúmeras décadas a mídia nativa, instrumento nas mãos da chamada elite (elite?) porta-se da mesma maneira. Desembainha os mesmos argumentos. Desde a oposição a Getúlio Vargas democraticamente eleito, a resistência à posse de Juscelino, a manipulação constitucional para que João Goulart substituísse o renunciatário Jânio ao aceitar a imposição do parlamentarismo, enfim, o golpe de 1964 e o golpe dentro do golpe de 1968. Até a rejeição da campanha das Diretas Já, a eleição indireta de 1985, a posse anticonstitucional de José Sarney, a eleição de Fernando Collor no seu papel de antídoto ao Sapo Barbudo.

Sempre e sempre, a mesma peroração, a favor das mesmas inaceitáveis razões, frequentemente em apoio de quem, em nome das conveniências, foi elevado aos altares da glória e hoje é atirado à poeira. É um festival de acusações sem prova, de omissões oceânicas, de mentiras que envergonhariam o bugiardo de Goldoni ou o tartufo de Molière.

Pergunto-me se esses heróis da velhacaria perceberam o quanto o Brasil e o mundo mudaram no período. Por uma série de eventos, a vincar as décadas. O Brasil, por exemplo, não é mais um dos ancoradouros preferidos da CIA. O embaixador americano Lincoln Gordon, depois de mandar mais que o presidente da nossa república, passou-se para outra. Na onda da Marcha da Família, com Deus (que deus seria este?) e pela Liberdade, perdemos a liberdade, com ele pequeno, por 21 anos, e a verdadeira, irmã da igualdade, ainda não a encontramos.
Deu-se ainda, neste tempo todo, que a Cuba de Fidel deixasse de ser aquela e, sobretudo, que o Muro de Berlim -ruísse e, com ele, o maniqueísmo da Guerra Fria, o abrupto loteamento do globo entre dois impérios. Aliás, sobrou um, que nos ensinou coisas boas e más, algumas muito más, e hoje não vai lá das pernas.

Os meus estarrecidos, porém lúcidos botões cuidam de me informar: os senhores todos continuam a querer um país de 20 milhões de habitantes e uma democracia sem povo, o tal de demos, como avisava Raymundo Faoro, o grande pensador, que faz falta não somente a mim. E não deixa de representar fenômeno extraordinário como o candidato José Serra se encaixou à perfeição no seu papel de udenista da última hora, de sorte a ganhar, de forma ainda mais clara que em 2002, o suporte da mídia de uma nota só.

Há momentos sublimes na interpretação do candidato tucano. Ele se prontifica a deglutir hóstias sagradas e se apresentar como derradeiro apóstolo de Jesus Cristo. Enquanto isso, a mídia concretiza a mais ampla, geral e irrestrita conciliação elitária da nossa história, na qual este gênero de arreglo invariavelmente nasceu do ódio à maioria e representou um capítulo fatal.

Recordo um debate entre figuras da imprensa, organizado em fins de 1976 por Ruth- Escobar no seu teatro paulistano. Inicialmente proibido pela ditadura por causa da minha presença entre os debatedores (incrível, não é mesmo?) e enfim liberado duas semanas após porque me caberia apenas o papel de moderador.

E o moderador, lá pelas tantas, perguntou a Ruy Mesquita, também presente, por que, diante da censura, os donos das empresas midiáticas não se tinham unido para protestar, assim como em uníssono haviam invocado o golpe. Ruy respondeu ser impossível um entendimento entre famílias tão díspares quanto Mesquita, de um lado, e Marinho, Frias, Nascimento Brito e Civita do outro. Pois agora, na esteira da candidatura Serra, e para espanto meu e dos meus botões, é possível.


quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Wilson Simonal


O movimento de redescoberta da música e da trajetória do cantor Wilson Simonal que contagiou o Brasil nos últimos anos é o equivalente artístico da localização do elo perdido. O "rei do suingue", o "Frank Sinatra do Beco das Garrafas", o "rei da pilantragem", Simonal veio preencher o quebra-cabeça da nossa cultura de massas com uma peça enorme e de rara beleza, pela qual se comunicam bossa-nova, jovem guarda, a era dos festivais, o crescimento da televisão e do mercado publicitário, o orgulho negro, a Copa do Mundo de 1970 e diversos outros elementos aparentemente desconexos.
Mas além dos fatos que o Brasil acompanhou pelos discos, shows e programas de TV, existiu o cidadão Wilson Simonal de Castro. O homem que, com a mesma intensidade com que dominava as plateias, mas em um eixo invertido, viu-se envolvido numa espiral aparentemente sem fim, repleta de boatos, passagens até agora obscuras, relações nebulosas e explosivas com setores da imprensa e com organismos do regime militar.
É da combinação dessas múltiplas facetas que se compõe Nem vem que não tem - A Vida e o veneno de Wilson Simonal. O livro, a primeira biografia do cantor, é fruto de uma década de pesquisa e de um incansável trabalho de apuração do jornalista Ricardo Alexandre, que se propôs o desafio de consolidar a vida de Wilson Simonal entre as duas capas desta obra maiúscula.

Não tenho muito o que dizer do livro coloquei este prefácio para dar uma ideia geral do que se trata. Eu ouvia muito falar em Simonal e como bem abordado no livro ele ficou tão a beira do ostracismo com sua obra apagada que eu nunca ligava às músicas com a pessoa, agora sim posso dizer que descobri o artista e a pessoa de Wilson Simonal.
Espero que quem ler este post descubra isso também vocês não vão se arrepender.

domingo, 10 de outubro de 2010

Tropa de Elite 2


Ontem estava indo ao mercado e como o mesmo é dentro do shopping resolvi, antes de fazer o que devia, ir ao cinema. Também porque estava no horário e não tinha muita gente, enfim 11:30hs da manhã no sábado só mesmo eu e à Paola. Fomos meio desconfiados, mas acabamos sendo surpreendidos positivamente porque a discussão que se propôs no desenrolar da estória foi perfeita, só posso dizer que veio em boa hora este filme principalmente pela abordagem de todo o esquema do "Sistema" como e descrito pelo narrador e protagonista da trama.
Não vou ser chato falando o que ocorre nesta película, só posso dizer que vale muito a pena ir assisti-lo, e espero que supere a bilheteria do primeiro Tropa de Elite, e que todos que puderem ver não esperem bordões engraçados e sim uma ideia para ser compreendida, debatida, e porque não resolvida.
Tomara que abra os olhos de muita gente e que no meio do filme ninguém peça para sair.

Obs1: Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

Obs2: Fico triste que este filme veio depois das eleições, derrepente poderia ter mudado alguma coisa. Tenho esperanças, utopia quem sabe, como já disse pior pode ficar sim.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Sem comentários ou novidades...




Depois da eleição de ontem e os resultados que ocorreram, só posso dizer que "Pior que esta pode ficar sim, é só dar tempo ao tempo". Continuemos no mesmo dos mesmos sem novidades e infelizmente vou dizer uma coisa como Paulistano convicto, nós temos o que merecemos, mudar já mais inércia total aqui quem não quer falar mais e o BAU.

OBS: Quero ver quando o analfabetismo funcional tomar conta geral, não vai ter escola Técnica que de jeito, 16+4 acho que vai dar para conseguir fácil, como disse Jesus "Deus não os perdoem porque eles sabem o que fazem, muito bem".