quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Wilson Simonal


O movimento de redescoberta da música e da trajetória do cantor Wilson Simonal que contagiou o Brasil nos últimos anos é o equivalente artístico da localização do elo perdido. O "rei do suingue", o "Frank Sinatra do Beco das Garrafas", o "rei da pilantragem", Simonal veio preencher o quebra-cabeça da nossa cultura de massas com uma peça enorme e de rara beleza, pela qual se comunicam bossa-nova, jovem guarda, a era dos festivais, o crescimento da televisão e do mercado publicitário, o orgulho negro, a Copa do Mundo de 1970 e diversos outros elementos aparentemente desconexos.
Mas além dos fatos que o Brasil acompanhou pelos discos, shows e programas de TV, existiu o cidadão Wilson Simonal de Castro. O homem que, com a mesma intensidade com que dominava as plateias, mas em um eixo invertido, viu-se envolvido numa espiral aparentemente sem fim, repleta de boatos, passagens até agora obscuras, relações nebulosas e explosivas com setores da imprensa e com organismos do regime militar.
É da combinação dessas múltiplas facetas que se compõe Nem vem que não tem - A Vida e o veneno de Wilson Simonal. O livro, a primeira biografia do cantor, é fruto de uma década de pesquisa e de um incansável trabalho de apuração do jornalista Ricardo Alexandre, que se propôs o desafio de consolidar a vida de Wilson Simonal entre as duas capas desta obra maiúscula.

Não tenho muito o que dizer do livro coloquei este prefácio para dar uma ideia geral do que se trata. Eu ouvia muito falar em Simonal e como bem abordado no livro ele ficou tão a beira do ostracismo com sua obra apagada que eu nunca ligava às músicas com a pessoa, agora sim posso dizer que descobri o artista e a pessoa de Wilson Simonal.
Espero que quem ler este post descubra isso também vocês não vão se arrepender.

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